Muitas pessoas se perguntam por que algumas empresas nomeiam os gerentes de projetos de team leaders. Será que se trata de falta de maturidade em gerenciamento de projetos nessas empresas? Ou são empresas com fortes características matriciais e teriam medo de utilizar a denominação de “gerente de projetos”?
Os questionamentos expostos acima são naturais e pertinentes visto que, segundo o Guia PMBOK (PMI, 2008), as organizações desenvolvem culturas exclusivas que se refletem em suas políticas, métodos e procedimentos, bem como na visão das relações de autoridade. Fatores que influenciam bastante nessas denominações são a tradição e as leis trabalhistas do país. O uso do termo “gerente” para especificar o cago ocupado por um profissional pode apresentar sérias consequências trabalhistas, como por exemplo: reivindicações de equiparação salarial e benefícios exclusivos. Sendo assim, muitas empresas evitam adotar essa nomemclatura a fim de não ter obrigação de arcar com os ônus advindos dessa denominação funcional.
A estrutura organizacional (matricial, orientada a processos ou orientada a projetos) é outro fator que influencia a nomenclatura adotada pelas empresas. A Tabela 1 apresenta a nomenclatura de gerente de projetos adotada pelos diversos tipos de organizações, a depender da sua estrutura. Faz ainda uma diferenciação entre papel, cargo e função. Segundo (ABDOLLAHYAN, 2011), assumir um cargo requer normalmente conhecimentos profissionais especializados para seu desempenho. O papel seria uma atribuição que o colaborador desempenha ou cumpre, enquanto que, a função é a atividade específica do cargo assumido em uma organização.
Fonte: Revista Mundo PM Ed. 37
Tabela 1. Nomenclatura de GP nas organizações.
*Algumas empresas usam a nomenclatura profissional, tais como: engenheiro, economista, etc. para registrar tanto na carteira quanto na estrutura de cargos e salários.
A denominação “team leader”, adotada por algumas organizações, pode ter seguido os seguintes critérios:
- A organização valoriza lideranças.
- Estrutura orientada a processos, onde somente os gerentes funcionais são denominados de “gerentes”.
- Hierarquia vertical bem definida, onde os team leaders se dirigem aos gerentes funcionais, responsáveis pelas tomadas de decisão e resultados.
- Coordenadores de projetos como parte de um programa são denominados de team leaders, cabendo o título de “gerente” aos responsáveis por programas.
Portanto, caro leitor, existem diversas razões que norteiam essas denominações de cargos ocupacionais. Mas, é válido ressaltar que o importante é o profissional estar consciente do papel e função que deve desempenhar dentro de uma organização, independente de qual cargo esteja ocupando. Solidificar suas responsabilidades com ética, profissionalismo e coragem para vencer, pois como diria Augusto Branco…
“Não existe batalha em que tu sejas derrotado senão por ti mesmo. Assuma a responsabilidade pelo teu sucesso e siga adiante para vencer. Ou fique procurando justificativas para um eventual fracasso e estagne. No final, a escolha é sempre tua.”
Boa tarde !
Parabéns !
Muito bom artigo, no entanto em relação ao sentido literário do texto acho que as empresas costumam denominar “team leaders” pois a denominação Gerenciamento de Projetos é muito amplo, subtendesse que todo Gerente de Projetos consegue gerenciar qualquer projeto, porém isso não é verdade, pois ele só vai conseguir gerir determinados projetos se houver especialistas ao seu lado para dar suporte, então a nomenclatura “team leaders” deve ser mais correta já que a empresa terá um funcionário com o curso de Gerente de Projetos em sua empresa, mas ele será um especialista na atividade da empresa e não um Gerente de Projetos como o MBA espera que ele seja. Assim deixando claro o para todos o seu papel e função.
Abraço.
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Entendo seu ponto de vista. Só para acrescentar, hoje em dia muitos cursos de gerência de projetos são voltados para áreas específicas. O que faço é voltado para a área de software. Capacita um profissional para gerir qualquer projeto de software que seja necessário, porém o suporte de especialistas também é importante visto que o GP de Software tem apenas uma visão geral de todas as áreas específicas como banco de dados, linguagens de programação, segurança, etc. Os cursos mais genéricos necessitam de um suporte maior dos especialistas.
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