Publicado em Gerenciamento de Projetos

Os tipos de PMO

Como prometido anteriormente, esse post será dedicado a abordar os diferentes tipos existentes de Escritório de Gerenciamento de Projetos, ressaltando suas características principais e finalidades dentro da organização na qual está inserido. Devido à falta de padronização, e até mesmo de consenso, na classificação de tipos de escritórios de projetos, vamos utilizar aqui uma referência bastante respeitada no Brasil e no mundo quando se fala em gerenciamento de projetos, Ricardo Viana Vargas. Segundo ele [1], existem basicamente três níveis de escritórios de projetos de acordo com a finalidade e a característica de atuação desejada pela organização:

Projeto Autônomo – Escritório de projeto separado das operações da empresa, destinado ao gerenciamento de um projeto ou programa específico, onde a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do projeto é do PMO. Segundo [2], esta configuração de PMO ocorre tipicamente em situações onde o projeto não tem relacionamento estreito com o restante da organização e a empresa não tem muita experiência em gerenciamento de projetos. Neste caso, as práticas de gerenciamento de projetos advém da experiência do gerente ou líder do projeto.

Para o sucesso desse tipo de PMO, dois pontos são fundamentais:

  • A experiência do gerente de projetos e a maturidade da equipe;
  • Um sponsor (patrocinador) com poder ou influência para gerenciar fatores externos ao projeto;

Escritório de Suporte de Projetos – Escritório de projetos destinado ao apoio a diversos projetos simultâneos, fornecendo suporte, ferramentas e serviços de planejamento, controle de prazos, custos, qualidade, dentre outros. Além disso, pode fornecer metodologia de gerenciamento de projetos, recursos técnicos, interfaces organizacionais, metodologia de gestão do conhecimento. É considerado um centro de competência em projetos.
Pode ser departamental ou corporativo, variando apenas sua colocação dentro da estrutura organizacional da empresa, de acordo como essa se apresenta.

  • Abrangência departamental

  • Abrangência Corporativa – neste caso tem papel estratégico. Quando engloba atividades relacionadas ao conjunto de todos os projetos incluindo priorização é chamado de Enterprise Porfólio Management Office (EPMO).

Independentemente da posição que assume dentro da estrutura organizacional, também pode ser caracterizado de duas formas:

  1. Consultivo: atua como um órgão consultivo provendo gerente de projetos das unidades de negócio com treinamento, orientações sobre metodologias e técnicas e disseminando melhores práticas;
  2. Executivo: atua como órgão central na alocação dos mais diversos recursos, com competências específicas para a condução de projetos nas unidades de negócio.

Centro de Excelência em Gestão de Projetos – Escritório de projetos criado para servir como referência principal na gestão de projetos dentro da organização. Não assume a responsabilidade pelos resultados dos projetos. É uma estrutura recomendada para organizações que possuem projetos de diversas naturezas.
Ele funciona como um núcleo de inteligência, provendo informações às partes diretamente interessadas, ao invés de comandar. Guia durante todo o ciclo de vida do projeto, desde a fase inicial até seu encerramento. Segundo [2], “podemos admitir que trata-se de um Benchmarking referencial do estado da arte na gestão de projetos”.

[1] VARGAS, Ricardo V. Gerenciamento de Projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. Brasport, 6ª ed.
[2] MELLO, André M. Diretrizes essenciais na implantação de um PMO. Disponível em <http://www.ogerente.com.br/projetos/dt/proj-dt-am-implantacao_pmo.htm>. Acesso em 30 de Agosto de 2011.
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Autor:

Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Pós-Graduado em Gestão de Projetos de Software pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (FANESE) e Gestão e Liderança de Pessoas pela Universidade Tiradentes (UNIT). É certificado PMP pelo PMI, ITIL v3 Foundation pelo EXIN e COBIT 5 Foundation pela APMG. Possui experiência de 5 anos nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do setor público e privado. Atualmente trabalha no Banco do Estado de Sergipe (BANESE), onde já desenvolveu atividades de análise de processos e gerenciamento de projetos no Escritório de Gerenciamento de Demandas, Projetos, pertencentes à Área de Governança de TI. Dentre elas, destacam-se a gestão do projeto de implantação do PMO de TI e suporte no gerenciamento de outros projetos. Atualmente, exerce a função de gerente de projetos no PMO Corporativo do BANESE planejando e executando projetos estratégicos da organização. Ministrou aulas de Sistema de Gerenciamento de Projetos em cursos de MBA da FANESE. É membro do PMI-SE onde já atuou como voluntário em eventos, ministrando curso de Gestão do Tempo em Projetos. É proprietário e articulista do site "Gestão de Projetos Ágeis" www.danielettinger.com, onde divulga trabalhos pessoais na área de Gerenciamento de Projetos e Metodologias Ágeis como artigos, v

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