Publicado em Business Model Canvas, Gerenciamento de Projetos, Project Model Canvas

Convertendo o BMC em PMC

Nos posts anteriores aprendemos a desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes através da utilização da ferramenta Business Model Canvas. Semelhantemente, descobrimos ainda que é possível construir um plano de projeto com post-its e uma folha A1, de forma a conectar elementos fundamentais em projetos de qualquer natureza. Isso pode ser feito utilizando o Project Model Canvas.

Apesar de possuírem propósitos distintos, os modelos apresentam informações que estão intimamente relacionadas. Sendo assim, torna-se interessante e factível apresentar uma solução de conversão entre o BMC e o PMC. Para tanto, vamos utilizar o estudo de caso Implantação do PMO. Seguem abaixo os modelos desenvolvidos anteriormente.

Figura 1 – Business Model Canvas.

Meu modelo de negócio tem por objetivo estruturar um Escritório de Gerenciamento de Projetos que possa informar o status dos projetos à alta administração, desenvolver e implementar metodologia de gerenciamento de projetos, capacitar os gerentes de projetos da organização, implantar um SIGP, etc. Para isso, torna-se necessário realizar um projeto para implantação do PMO na empresa. Os modelos desenvolvidos apresentam planos que visam alcançar os propósitos exemplificados.

Project Model Canvas

Após desenvolver o BMC, é possível utilizá-lo como base para construir o PMC, pois o modelo de negócio possui informações fundamentais para a criação do plano do projeto. Vamos ver como isso funciona na prática.

Figura 2 – Conversão do BMC em PMC.

O modelo de negócio apresenta um fornecedor de Sistema de Informações de Gerenciamento de Projetos (SIGP) e patrocinadores como Parceiros Principais. Todos eles serão Stakeholders do projeto por possuírem interesses que podem afetar positivamente ou negativamente a implantação do PMO. O fornecedor de SIGP pode, por exemplo, ser um funcionário da Microsoft com expertise de consultoria em gestão de projetos podendo assim ajudar na implantação do escritório de projetos da organização. Os diretores representam os patrocinadores do projeto. Alguns desses parceiros podem ainda fazer parte da equipe de projeto como, por exemplo, a áreas de negócio representadas no PMC pelo analista de processos e pela área de RH.

Alguns custos do projeto podem ser estimados a partir de determinados parceiros que irão trabalhar na equipe e deverão influenciar diretamente na Linha do Tempo do PMC, pois as entregas dependerão diretamente da qualidade e disponibilidade de sua mão de obra. É importante ainda ressaltar que podemos identificar alguns riscos do projeto a partir desses parceiros. Por exemplo, a falta de comprometimento da equipe, da qual alguns dos parceiros fazem parte. Percebeu como muitos elementos estão relacionadas nos dois modelos? As demais correlações podem ser vistas no quadro abaixo.

Figura 3 – Modelo de mapeamento entre BMC e PMC.

Por isso tudo evidenciamos que a conversão entre os modelos é válida e bastante útil na construção dos planos. É necessário identificar as correlações e transformar elementos de um modelo em outro. Dessa forma, pode-se agilizar e facilitar a construção do Project Model Canvas, o qual servirá como um esboço inicial de todo o projeto que será desenvolvido afim de materializar o plano de negócios construído por meio do Business Model Canvas.

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Autor:

Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Pós-Graduado em Gestão de Projetos de Software pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (FANESE) e Gestão e Liderança de Pessoas pela Universidade Tiradentes (UNIT). É certificado PMP pelo PMI, ITIL v3 Foundation pelo EXIN e COBIT 5 Foundation pela APMG. Possui experiência de 5 anos nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do setor público e privado. Atualmente trabalha no Banco do Estado de Sergipe (BANESE), onde já desenvolveu atividades de análise de processos e gerenciamento de projetos no Escritório de Gerenciamento de Demandas, Projetos, pertencentes à Área de Governança de TI. Dentre elas, destacam-se a gestão do projeto de implantação do PMO de TI e suporte no gerenciamento de outros projetos. Atualmente, exerce a função de gerente de projetos no PMO Corporativo do BANESE planejando e executando projetos estratégicos da organização. Ministrou aulas de Sistema de Gerenciamento de Projetos em cursos de MBA da FANESE. É membro do PMI-SE onde já atuou como voluntário em eventos, ministrando curso de Gestão do Tempo em Projetos. É proprietário e articulista do site "Gestão de Projetos Ágeis" www.danielettinger.com, onde divulga trabalhos pessoais na área de Gerenciamento de Projetos e Metodologias Ágeis como artigos, v

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