Resultado da enquete: “Como você se prepara para o crescimento profissional?”

Análise:

O resultado da enquete nos apresenta um cenário animador e ao mesmo tempo frustrante. O lado positivo deste cenário está no fato de 44% dos votos demonstrarem a crescente busca de crescimento profissional através do investimento pessoal em cursos de capacitação. Com 34% dos votos a opção “Sou auto-didáta” demonstra também que uma  significativa parcela dos profissionais buscam melhorar seus conhecimentos e habilidades pró-ativamente através da busca pessoal pelo conhecimento em livros, revistas, artigos, internet, etc. Já o lado negativo deste cenário se apresenta no fato de apenas 12% das pessoas possuírem o apoio financeiro das empresas na qual trabalham para melhorar sua capacitação profissional. Este é um quadro preocupante visto que, cada vez mais, as empresas buscam mão-de-obra barata e relegam o investimento em capacitação para seus funcionários. Provavelmente está na hora do Governo Federal por a mão na massa e criar um programa para ampliar o fornecimento de incentivos fiscais às empresas, princpalmente de pequeno e médio porte, a investirem cada vez mais na capacitação profissional de seus colaboradores. Isso alavancaria a qualidade da mão-de-obra do mercado bem como o crescimento da qualidade dos produtos e serviços produzidos. Por fim, 10% das pessoas que participaram da enquete afirmam que não estão estudando nada no momento. Vou deixar aqui uma dica! Nunca pare de buscar o conhecimento, pois ele nunca é demais! Ele é útil, necessário e imprenscindível para seu crecimento profissional e econômico do país. Como diria o provérbio árabe: “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.”

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Resultado da Enquete: “A empresa na qual você trabalha realiza avaliações periódicas sobre a satisfação dos funcionários?”

Análise:

Pelos resultados acima apresentados, nota-se que a maioria das pessoas (52%) trabalham em organizações que nunca avaliaram a satisfação deles em seu ambiente de trabalho. Elas não buscam utilizar metodologias para avaliar a satisfação de seus funcionários. Quero deixar claro que isso não significa dizer que as empresas mostram-se desinteressadas quando o assunto é satisfação no trabalho. Demonstra apenas que elas não utilizam técnicas para avaliar o quão satisfeitos estão seus funcionários em seu ambiente organizacional. É um erro que deve ser corrigido, visto que os dados obtidos nessas avaliações são de fundamental importância para a busca da melhoria das condições de trabalho. A consequência direta dessa melhoria é o aumento da produtividade e do ROI da empresa. Isso é fato!

Em contrapartida, 20% dos trabalhadores responderam que sua empresa não faz avaliações periódicas, porém já os avaliaram. Essas empresas demonstram um pouco mais de interesse em dados factíveis, reais que demonstrem o grau de satisfação de seus funcionários. Já é um bom começo que deve ser aprimorado ao passar dos tempos com avaliações periódicas que permitam visualizar o quanto as empresas evoluíram em se tratando de regozijo dos seus funcionários. Dessa forma, podem ser criadas metas á serem atingidas e métodos para alcançá-las. Isto é PLANEJAMENTO DA QUALIDADE!

As empresas as quais avaliam formalmente e periodicamente a satisfação no trabalho correspondem a uma fatia de 24% do total. Geralmente, são organizações com um maior grau de maturidade e com processos bem definidos. Demonstram apreço por levantamento de dados úteis à melhoria contínua de processos. Dessa forma, utilizam formulários que devem ser preenchidos periodicamente para visualizar o cenário atual, analisar a evolução enquadrada no contexto e planejar ações futuras.

Com apenas 4% aparecem organizações que buscam avaliar periodicamente a satisfação de seus funcionários, porém informalmente. Esse formato de avaliação considero um tanto quanto perigoso. Avaliar de maneira informal sem obter dados palpáveis pode apresentar distorções da realidade presente. Verificar se as metas da organização foram atingidas e questionar seus funcionários quanto ao seu contentamento com a empresa não são boas práticas de avaliação. Atingir metas não significa, em sua plenitude, ter funcionários satisfeitos. Muitos podem estar comprometidos em alcançar os objetivos pelo fato de dependerem de seus empregos para viver, alimentar seus filhos. Questionar informalmente seus funcionários sobre sua satisfação certamente não irá trazer resultados concretos da realidade vivida. Muitos se inibem diante da figura de um gerente, chefe ou diretor por medo de perder seus empregos pelo fato de trazer à tona verdades que nem sempre são bem-vindas e que podem manchar a imagem de seus superiores. Assim, preferem omitir ou mentir distorcendo totalmente a realidade.

Portanto, considero que a avaliação periódica e formal da qualidade de vida no trabalho seja de fundamental importância para o crescimento da organização, não apenas dentro da empresa como também fora de seu ambiente. Afinal de contas, seu NOME é sua FORTALEZA! É quem te engrandece perante os fracos e te torna diferenciado. Demonstrar interesse pela qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários é o mesmo que criar uma relação de confiança e respeito por ambas as partes. Assim, meus caros empresários fica aqui minha humilde sugestão: se importem um pouco mais. No fim, todos tem a ganhar!

DICA DO BLOG GPA!!!

A presente avaliação não pretende demonstrar como se avaliar a satisfação dos funcionários em seu ambiente organizacional, porém irei elencar alguns fatores que podem ser avaliados. Segue abaixo um modelo de qualidade de vida no trabalho proposto por Walton (apud LIMA, 1995). Ele leva em conta boa parte dos fatores e dimensões sugeridos por outros estudiosos (MEDEIROS, 2005). Ele é composto por 8 dimensões e 21 fatores que afetariam significativamente o trabalhador em seu ambiente de trabalho.

Quem deseja se apronfundar mais sobre o assunto existe um ótimo artigo “Avaliação da Satisfação no Trabalho com o uso de Indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho” que busca avaliar a satisfação no trabalho de uma organização pública de ensino superior através da adaptação de um modelo proposto por Walton (apud LIMA, 1995).

Resultado da enquete: “Quais metodologias e/ou práticas ágeis você utilizaria em seu ambiente de trabalho?”

O resultado da enquete serve de indicativo para demonstrar alguns fatos. Dentre esses fatos destaca-se a preferência dos profissionais pelo framework Scrum (50%) que atualmente domina o cenário profissional das mais diversas organizações. Logo atrás com 20% vemos a Extreme Programming como metodologia mais aceita e preferida. A prática ágil TDD (Teste Driven Development) conseguiu alcançar expressivo resultado, o que demonstra a tendência cada vez maior do crescimento da área de testes no processo de desenvolvimento de softwares. Por fim, com menor força aparecem as metodologias FDD(5%), ASD (5%), e as não-votadas Crystal e DSDM. Esse último ponto demonstra ou a falta de conhecimento das práticas dessas metodologias ou ainda a não aceitação de suas técnicas por grande parte dos profissionais interessados em métodos ágeis.